segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quero pouco pra ter tudo...

É preciso um pouco de tristeza... Senão a gente acaba não reconhecendo a felicidade. Um pouco de feiúra pra ver a beleza... É preciso sentir saudade, sentir o que a gente puder de verdade... Apreciar uma realidade inversa pra concluir que na vida nada se deve ter pressa quando o caminho curto é aquele que seguimos de forma correta... Com o tempo o coração se aquieta, sabendo que com amor todo vazio se completa... E assim o pensamento se projeta, a alma se sente liberta pra imaginar... Atrás de um vai saber que depende apenas do seu querer e nada mais... Diante do destino, só se ganha sorte no cassino, de resto se constrói caminhos com tijolos de coragem, humildade e um poço de saudade do que ficou e o que jamais pôde vir junto... Triste mundo dos espaços, da física, dos laços, pedaços e sozinhos abraços... Triste mundo das partidas, despedidas e chegadas inúteis... Mas seja forte, veja o horizonte e deixe que a linha te mostre o equilíbrio da vida, o meio entre o bem e o mal... Nada é fatal! Aos olhos pode ser estranho, mas de perto um sentir que é natural... Mas se for pra perder o equilíbrio um dia na vida, permita apenas se for por amor... Vale a pena cruzar continentes, oceanos gelados... Sentir corpo colado, suado ao ouvir o amado som de uma voz que te chama... Que clama pela sua existência... Mas é preciso perder pra depois ganhar, abrir mão em algumas horas de um lado, e depois resgatar dos dois... É preciso viver o sofrimento, deixar correr as lágrimas pra logo em seguida reconhecer a boa alegria, os sorrisos sinceros, os olhares ao caminho mais belo que nos leva ao infinito pensar... Mas... É preciso viver o vazio para que se possa entender o cheio que pode existir na vida... Que só se pode curar quando se abre ferida... Só se pode achar alguma coisa quando perdida e reconstruir se um dia foi destruída... Quero o depois, o cheio, o seguro, quero o claro depois do escuro... Quero colo, beijos...Quero tudo!

domingo, 10 de outubro de 2010

Instantes de infância

Infância é aurora, lembrança que me vem agora com saudade, da passagem do passado que mais me encanta, de quando era criança, de toda esperança que meu coração levava... Do tempo que me balançava na tábua amarrada na árvore, do pique esconde com os amigos, livros antigos que hoje ainda guardo, dos favoritos, dos prediletos, do patins na rua ao lado, do tempo em que nem se pensava em namorado, que vivia com o joelho ralado, da coleção de bonecas, das mais sapecas estripulias, das medalhas de poesias no primário... De ter sido levada, caído de escada, das palmadas e castigos, de não ter noção do perigo, viver na inocência e ter as primeiras experiências. Época que fica distante mas aparece no instante em que a gente olha pra trás e sabe que o que somos segue o exato caminho que começou no berço, relances que não me esqueço... Como eu pulava, a pilha não descarregava e adormecia jogada aos brinquedos na sala... Sempre agitada desde o começo e hoje ainda sigo a mesma estrada... Mamãe me chamava de cabrita, e nem no colo eu ficava, queria rua, queria chão, ganhar espaço, só não gostava de usar bota, só chinelo, bala de caramelo e picolé de creme holandês... Época de amar minha bike de rodinhas, de pular amarelinha, de achar que era princesinha encantada, de acreditar que existia a Fada do Dente, do Papai Noel que trazia meus presentes e o Coelho que colocava ovos de chocolate.Que disparate da vida me dizer toda a verdade, de me fazer cair na realidade perdida, que me mostra que as vezes a gente nem é tão querida, que os caminhos tem sombras e espinhos e não é como os tijolos dourados que mostrou Alice... Que o País das Maravilhas quase não existe quando a gente pensa sem a alma de criança... Está é a lembrança que eu devo seguir... Se você sonha em ser feliz, tenha esperança de viver com sonhos infantis, simples e doces como os pirulitos açucarados do mundo, e sentir os sentimentos mais profundos no encantado da realidade, viver a magia do que existe dentro de nós, ser capaz de ser criança... Oras infância, oras mulher, sem mais comer de colher... Assim a gente cresce com os problemas, mas vale a pena ter histórias e contar aquilo que vem na memória distante... Meus instantes de pequena, que hoje viram poema...

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

My desire...

Caminho de luz, reflexo no espelho, reza de joelhos, mãos em sinal de oração, amor habitante na pureza, dias de realeza, cuidado, namorado, suspiro no pescoço, aquela voz que ouço a me chamar, carinho que vem acalmar sentimento sozinho que o outro lado do mundo deixou instalar, luz, luz, luz, a força que me conduz ao paraíso, mais risos, mais glórias, querer ir embora, ver o continente de fora, jogar bola com minhas crianças, ter esperança, muitas andanças... Levar na bagagem a primavera com cheiro de lavanda, didgeridoo tocado em banda, alegria ao brincar de ciranda, terra cintilante ao reluzir olhos brilhantes que já se apagam, que não enxergam o futuro, dias de menor dor, louvor com fé, na certeza que é pra ser, no saber que alivia, guia aos ladrilhos dourados, deixar de lado os machucados diários que o presente supera... Floral de Bach, quatro gotas, felicidade que tenta nascer, pra recuperar energia perdida, falecida com ausência, experiência que marca a alma, que faz crescer mesmo que na dor, lição aprendida, vivência na experiência que traumatiza, recompensa que por hora não vejo... Meu desejo, my desire, na verdade queria você e nada mais, pra ser capaz de sorrir por instantes, ou talvez o dia todo, ter coragem de comer bolo, chocolate, ter um disparate, aquele desatino capaz de mudar destino firmado, calculado... Tudo errado, desconjuntado... Pensamento agora desordenado, infeliz... Desejos são muitos e espero algo além, fico aqui a pedir o bem, fazendo o bem, pra talvez ter quem mais quero, mais perto, desperto de mim... My desire...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Sunshine ...

Aquele brilhar que meus olhos sentem falta, aquele amar que meu coração por vezes acha que nem terá volta, razão que revolta a cabeça, que não encontra resposta e se prostra ao chão, na humilhação do vazio, da escuridão do silêncio, sem barulho do vento, nem o calor do velho tempo... Mesmo que seja fantasia, traz esse remédio pra ver se anestesia este coração que morre a cada dia em pedaços, como o circo que perdeu seus palhaços, como o trem que não encontra seus trilhos, como poço vazio, rio que perdeu seu curso natural... Sou a flor que procura sozinha um raio de sol, talvez um girassol que acompanha seu curso... Sunshine! Como eu queria encontrar a energia que agora me falta, carregar, recarregar e tornar tudo mais fácil de viver, esquecer a distância por algum momento e ter a certeza de que tudo que tiver que ser uma hora vai acontecer... Sou areia da praia a esperar a luz dourada dos raios que refletem ao mar... Sou a estrela no céu que nunca está sozinha, que brilha com muitas e juntas tornam o universo um espetáculo... Mas por vezes sou vácuo, um simples vazio... Olhar esguio e sem direção, a solidão que engole, que mata, que desgasta planos, pensamentos... Sunshine! Quero de volta meu chão, meu canto, meus elefantes reunidos, quero meus valores, amor próprio, quero aquilo de que mais gosto, meus pais... Novamente ser capaz de acordar e dormir feliz, na paz, diante daquilo que sempre quis... Quero olhar pela minha janela e perceber que o dia depende de mim, quando sentir a Sunshine e perceber que a verdadeira felicidade só a gente que faz...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Meu vazio...

Copo de leite, prato branco, pensamento esguio, sofrer, tempo em desafio, parar de sentir frio, amizade... O que quero na verdade, jogo de empate, sem ação covarde, malandragem, atenção, colo de amor, tatuagem sem dor, horizonte sem linha demarcada, beber água na calçada, passar um dia sem fazer nada, dançar uma bela batucada, sentir por momento acanhada, ficar envergonhada, amar por toda madrugada, ir numa boa cervejada, e nunca ser a amiga da rodada. Quero uma pedra escalada, um por do sol ao ombro do amado, quero beijo estalado no ouvido, um abraço destemido, sem partidas, uma aconchego de chegada, quero praia o dia todo, jogar nossos dadinhos, acariciar costas, não quero notas, que seja free, tudo que puder existir, que seja completo, por inteiro, nada de meio nem pedaço... Meu vazio que não me aquece, que sinto que esquece, que do outro lado, no lugar que é tão, tão distante, o minuto pode ser gigante, quando não há cuidado, quando o coração está despedaçado e o sorrir ameaçado... Cabelo embaraçado, idéias destruídas, o ar fica interrompido, pra onde foi a flecha do cupido, quero a paixão meu querido, o lado direito da cama, não fique de broma, não permita o vazio nessa vida, pois a ferida pode abrir e não fechar, pode jamais deixar de sangrar... O vazio é medo, é perda de tempo, tudo passa tão rápido, não deixo o lamento, vamos sentir o vento e fazer do nosso tempo o melhor... Pois juntos, nada pode ser pior...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Um minuto...

Talvez um minuto seja muito, ou para outros bem pouco... Tempo louco que segundos voam quando a gente corre e congelam quando a gente nem se move ... Ampulheta quebrada quando não preciso do tempo... Ligeira quando quero muito este momento... Que não me deixa partir no instante que desejo, e me vejo a correr pra não perder o trem... E esperar o outro que não vêm... Ahhhh meu bem, se um minuto fosse tão pouco pra mim, talvez virasse os segundos que não vejo passar... Tiro os ponteiros do relógio, e o tempo continua a se mover no seu ritmo... Arrasto eles de dias em um agora, e nada muda na história, devo crer que tudo tem a sua hora... Só espero que nada vá embora do alcance que embola meus sonhos, meus banhos, pensamentos insanos, certezas absolutas que não tendem a permutas de sentimentos... Sou verdade em tormento, como os segundos um a um, que sempre seguem sua ordem, sem desencontros, nem medo algum... Sou mais uma no trem das oito que sai lotado, sem ninguém olhar pro lado... Sem dar tempo de uma respirada, talvez um minuto seja muito, ou nada... Mas depende do valor que se encontra nele, no que pode ser capaz de fazer... Pois em um minuto se pode viver, morrer... Talvez um olhar de apaixonar, uma dor de fazer a gente chorar, um pulsar mais forte, um susto, um medo a galope, simpatia, crise de histeria... Talvez um nasça a cada minuto, talvez morra num infarto fulminante, alguém ganhe um sorriso brilhante, um beijo instigante que irá se viciar... Talvez no minuto exato de começar, amor que minuto é pouco quando junto, e muito quando longe... E o bonde já apita na estação, vou correr em um minuto, passo em mero vulto, as escadas obstáculos, e ao final quando chego, o um minuto parece voltar outra vez... E já estou pronta pra partir e chegar... Mas me vejo a esperar um minuto que não passa... Vontade de gritar, de fazer pirraça...Um minuto que é muito, no tempo que não é de graça...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Somos bem e mal também...

Nelson, que é Rodrigues, que comigo coincide, que vira e mexe transmite energia que contagia minha alma ao pensar no que virá, no esperar do ser humano, que mente, que não sente o mal que faz... Santos e canalhas todos nós, meio bom, meio mal, do contrário, anormal, que flui natural na pele, no suor que brota, pensamento idiota que acompanha cada passo... E tanto faz... Se tenho uma foice na mão esquerda e no rosto sou a paz, o que vale é o que contrai da cólera maldita, que identifica nossa alma antes da ação bendita... Movimento Xiita, coração nem mais palpita entre certeza e indecisão, água e terra, luz e escuridão, tubarão faminto... Viva o instinto, que enche a barriga da vontade que sinto, da saudade que vive a repetir, que agora calo, prometo, não mais falo o que passa aqui... Sou chorar e rir, podre sofrimento a insistir, talvez pela solidão em estar a apertar as idéias... Quero sonhos reais, sem dólar na carteira, tapando sol com a peneira, quero imã de geladeira, camiseta de caveira... Poder de querer o que agora não se pode ter, sentir prazer, querer que o instante se eternize... Quero casa ao lado do riacho, quero silêncio, passarinho verde, quero rede, talvez um lar, ver brotar amor sem grade... Mas já é tarde, já faz tempo, valores em pedaços, tênis sem cadarço... Circo sem palhaço, sítio sem espaço, presente sem laço... Nunca pensei fazer tanta falta um abraço...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

SEM título...

Meio barro, meio tijolo, cor de ovo mal chocado, cor daquilo engarrafado, dormir sem estar deitado... Cor de burro quando foge, meio vazio que meio cheio, torta sem recheio, inicio e fim sem meio, dia que amanhece feio, bicicleta sem um freio, leite sem chocolate, vitamina sem abacate, morango sem chantilly, viver sem rir, acordar sem kiwi, apenas existir, chegar e deixar partir... Biscoito água e sal, comer de passar mal, casa sem quintal, vassoura sem pau, pipoca sem guaraná, piruá na panela, quarto quente sem janela... Mulher sem maravilha, creme sem ervilha, menta fora da pastilha, pimenta que não arde, filme de herói covarde, coroa sem majestade, cinderela sem príncipe, aquarela sem cor, sorvete sem sabor... Remédio sem bula, livro sem sumário, roupa sem armário, trilha sem atalho, arroz sem alho, peixe sem aquário, aniversário sem balão, cama sem colchão, corpo sem coração, pingente sem cordão, namorar sem dar a mão, tirar o miolo do pão, não saber o que é bom...Brigadeiro sem granulado, poltrona com vaga ao lado, futuro sem passado, amar sem ser amado, picolé descongelado, papel amassado, telefone desligado, som que toca calado, namorar sem namorado, rio parado, manicômio sem pirado... Olhar marejado... Vago e vazio, quando a mente para e nada dispara, fiquei congelada...Espero a primavera, ver as flores amarelas e pensar que a vida pode ser bela, quando o bem fazemos nela...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Pequenos olhos...

Olhar pequeno, paixão é veneno, coração inteiro sem remendo, que já chego querendo, amando, gostando de estar, lábios a me beijar, doçura que vive a me encantar, saudade sempre ao pensar, dormir colado, meu namorado, momento parado, do sorriso apertado... Pequenos olhos, espero... Não chorem na solidão da noite fria, que um dia a agonia vai embora e a gente vive e comemora a razão da vida, o princípio da história e o que mais faremos nela depois do agora... Pequenos olhos, não me demoro a chegar, vamos deitar, relaxar, curtir os dias, e deixar meu corpo se aconchegar ao seu, acomodar minha cabeça em seus braços que passam em laços sobre mim... Pequenos olhos, eu os quero a me observar, apreciar cada movimento, me tomar, me desejar ter cada segundo, no instante mais profundo, gozar no mundo nosso, e jurar amar pra sempre, sem abreviar o que sente, viver os excessos, os pensamentos perversos, provar os sabores diversos do romance... Para que o fim nunca alcance nossas vidas... Pequenos olhos... Não menos que o infinito te amarei, pra fazermos tudo que sonhei, junto com seus sonhos, suas sementes, crentes no Deus que fortalece, escolha que o bem prevalece... Enriquece meus dias distantes, quero tudo de antes, dar adeus aos tempos viajantes... Preço caro do instante, mas não me calo, sigo a esbravejar os sentimentos sempre que paro a pensar... Ao lembrar dos meus pequenos olhos a me amar...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Já vou enlouquecer...

Ao poeta Cazuza exponho aqui a sua culpa e meu desprazer, venho dizer que o tempo pára sim, quando todos estão longe de mim... E já vou enlouquecer... Relógio amarelo, dicionário que espero decorar, tantos estranhos, tanto sonhar, mas queria ao amor compartilhar os dias que não passam... Pois se o tempo não pára, espero que passe depressa, pra que me leve de vez como uma flecha... Que com amor, porta nenhuma se fecha, luar que me detesta e nem vejo surgir e partir... Estou a caminho... E já vou enlouquecer... Quarto calado, medo da distância, computador branco, maçã mordida, bela pedida, corrida ao sol quente, chafariz sem água, calçada vermelha... Olho a roseira que nem tem cor, e logo penso no meu grande amor... Caveira triste, elefante em lágrimas, flores que murcham, nome que perde a direção... Buda nervoso... Infinito vazio... Sorte por um fio... E eu já estou a enlouquecer... Corpo cheio de espinhos, olhar sem caminhos, sorrisos sozinhos... Foto na parede, sinto mais perto meu amor, eu e você, mas logo vejo que não está aqui, e lá estou eu, a ponto de enlouquecer... Ninguém me entende na origem, ninguém me conhece na bondade, sou mais uma na paisagem que não muda... Sou maldade , perdição, sou vaidade e duração, mas a ausência do que é de Jah, faz doer, faz lembrar que longe deixei estar... Degraus irei subir, obstáculos destruir, quero a dor pra ver a força, quero cair pra levantar com alma guerreira e saber que quando algo resiste a distância, vive pra sempre, e que venha a bonança, que irei lutar na esperança sozinha, pra logo vivermos a dois, mesmo que não seja hoje, que seja depois... Espero você, longe da capital... Antes que venha o mal... Antes de enlouquecer, quero viver a minha vida toda com você...

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Meu bem querer...

Tudo hoje que mais quero não poderei ter, tenho doce de caramelo, mas não tenho você... Tenho o céu mais belo, as noites mais quentes, tenho vicio, passarela, tenho dólar e bilhete na janela, tenho tudo, menos você... Hoje entendo a palavra longe, significado que não mais esconde o sofrer de ficar sem tudo, inclusive ficar sem você... Sou rica, sou pobre, doente e saudável, sinto tudo, mas não dá pra esquecer, a dor maior nessa vida, ao lembrar que não sou nada sem você... Talvez o planeta se encurte, o outro lado do mundo se funde exatamente com a parte em que está, pra me valer um beijo, e o tão sonhado abraçar... Mas sem você o planeta é guerra, o frio é neve, o jardim nem é de Éden, nos botiquins nada bebem, o carnaval não é de rua, sem você nem a mente flutua, não imagina estar, longe do que mais ama, seu olhar... O mar é pequeno, o céu limitado, quando vejo meu peito apertado ao bater sem você bem aqui ao meu lado... Ser amado encantador, que afasta a mais sofrida dor, ao partir jamais deixou de existir nos meus pensamentos, dentro de todos os meus momentos... Nos lamentos mais profundos, nas lágrimas mais tristes... Sempre você insiste em aparecer, ouço sua voz , bem a me dizer, que : "tudo vai dar certo, você vai ver!” Mas a realidade é dura, e nem o tempo me cura do longe que se torna mais longe quando o perto não está no coração... Eita maldita razão que mistura emoção e me faz mudar o que desejo, mudar de opinião, não me faça esquecer de você meu bem, pois vim no avião a olhar a imensidão do planeta, e perceber que a paixão que sinto é maior e mais aconchegante, desde o dia que ouvi de você em instante, bem sincero: "Meu amor, eu te quero!"...Com a certeza do meu amor mais belo, mais doce, de olhar mais calmo, que por vezes me entalo ao falar do sentir, que quero você, por todo existir...

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Continente distante...

Continente que me afasta, distância nefasta, memória que arrasta lembranças, quero minhas crianças... Saudade... Queria gritar da escada, ouvir a boa reclamada, do brócolis na marmita, receber visita, do convívio no gabinete diário, do branco armário, do quarto bagunçado, do rádio em alto som... Saudade de mim... Do bem bom... De cair de quatro por amor, de suspirar, sentir calor... Do papai e da mamãe, da irmã predileta... De andar de bicicleta pela vista que era bela, das pessoas correndo nela... Saudade da prima que me ajuda nas rimas, do amor que me inspira, me respira... Do amor a mim, ao dia que chega ao fim como todos os outros, na mesma hora... Saudade de ser capaz, de esperar um pouco mais, de degustar, saborear a felicidade... Filtro de porcelana querido, horizonte colorido, cama tailandesa,da destreza de um olhar... Do meu jardim espiar... Saudade... Pássaros na revoada, o sapo e sua coaxada... Da família reunida, me lembro da partida... Da chegada... Como dói a distância desejada, ao sentir que a hora foi errada, de querer ser a dona do tempo, de fazer do instante um momento... Que o ano passe em vento... Tempestade de hora, que me leve embora... Pros braços dos meus... Sofrer no silêncio, amar no vazio, sentir de dentro um frio que não passa, que me arrasta num sono profundo, no querer sonhar o meu mundo...Que acorda enquanto durmo e dorme enquanto quero viver, contar, saber, morrer... Que os dias passem depressa a ponto de conseguir alcançar meu exato objetivar... Mas que tudo esteja como deixei, pra quando eu voltar...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Partir daquele que fica...

O partir que mais arrasa no peito é o partir daquele que fica, que deixa marca, que parte deixando a falta, a ausência, o vazio de um querer tardio, que não mais deixará cheiro, nem pêlo... Nem nada!O olhar que não mais vigia, o latir que se cala, que abala meu coração em infinito chorar, deixar na terra, no fundo... No imenso profundo da saudade que agora invade minha casa... Agora é tarde... Adeus!O partir daquele que fica nas lembranças de infância, nas brincadeiras com as crianças, no fiel proteger de nome guerreiro, estrangeiro de manto negro, calmo e preguiçoso... Glorioso existir que não mais esquecerei... Stalonne! No partir que deixa sentimento calado, abafado no peito que sem jeito sofre, um choro estalado vira lágrima que escorre por dentro de um silêncio que incomoda... Em pensar que o partir leva imagem, leva o cheiro, o sentir... Passageiro! O partir daquele que só deixa o que não mais tocamos, que não mais guardamos no quintal... Foi mais que animal, um de nós nas diferenças que Deus impôs... Vou te encontrar na vida que vem depois... Sem coleiras, sem espaços, sem canseiras do fadigado dia de alegria, que sem rabo balançava os olhos ao dizer que gostava, respeitava... Tamanha lealdade libertada, melhor amigo que nos livrava do perigo... Do bandido que nunca veio... Chega ao longe e encontra a mocinha que te espera, fiquem juntos nessa era... Estarei aqui na triste querela entre viver e morrer na saudade de perder aquele que parte, mas que fica, habita minha vida na saudade que invade e arde meus olhos, aperta o peito e marca de um jeito que é pra sempre, que guardo prateada no meu pescoço... Chega de osso, meu Negão doce e fiel...A vida agora é no céu...

terça-feira, 15 de junho de 2010

O melhor está no simples da vida...

Já fiz brigadeiro e lambi a panela com a colher, já comi biscoito com leite condensado e pão molhado no café... Já fiz xixi na cama sonhando estar no vaso, brinquei de pique esconde na rua de casa, já desejei ser palhaça de circo, domar elefantes e amestrar macacos... Já quis ser invisível e destaque de escola de samba... Já tomei sorvete no inverno e apertei a campainha do vizinho, já me apaixonei perdidamente algumas vezes e me ferrei feio aprendendo a andar de bicicleta... Já comi uma panela de arroz sem me arrepender, me cortei com barbeador no chuveiro... Já cai de moto e traumatizei, já ganhei festa surpresa... Tomei choque de agarrar, já cortei meu dedo no azulejo e levei pontos... Já tive medo de monstros e filmes de terror... Já fiz careta pra minha irmã pra ver se ela ficava brava, já gastei uma caixa de fósforos tentando acender um só. Já colaram chiclete no meu cabelo na escola e tentei tirar com gelo. Já brinquei de Xuxa com as primas, já fiz rimas pra emocionar, já ganhei troféu de poesia, e zero por não estudar, já ouvi a mesma música umas 34 vezes sem parar, já chorei sem saber se um dia ia parar... Já sai escondida sem dizer onde ia estar, fugi de casa pra sempre umas três vezes, já sofri pra não fazer alguém sofrer, já corri pra não fazer alguém chorar, já enterrei sangue do meu sangue, já beijei no caixão uma grande amiga, já me viciei por alguma coisa, já tomei porre de vinho, já vomitei meu quarto todo, já fiquei muito doente, muito feliz e muito triste... Já fique sozinha numa multidão, já fui assaltada e corri atrás do ladrão, já vi gnomo e fadas coloridas, já bebi vodka até ficar dormente, já tomei cerveja quente... Já acampei em dia de tempestade, já vi o nascer do sol cintilante e o pôr do sol alaranjado, já gostei de dourado e salto alto, já gostei de asfalto e já joguei tudo pro alto... Já fui fã, já fui hippie, já fui chique, já comprei em griffe e já dei todas as roupas do armário... Já fui a feira, fui no parque...Já aprendi a fazer tricô e crochê... Já tive tartaruga e papagaio... Já chorei no chão do banheiro, já achei que tudo era passageiro, já tremi de nervoso, já fiquei roxa de vergonha, já chamei alguém por outro nome, já virei a noite acordada, já gritei de felicidade, já escorreguei de papelão no morro, já segurei um bezerro... Já arranquei um siso e perdi meu cão de estimação... Já fiz peça de teatro e plantei uma árvore no quintal... Já achei que mãe era imortal... Já deitei na grama pra contar estrelas, já passei trote, já vi amigos partindo, falsidade de perto... Já quase morri de amor, já achei que tudo era pra sempre... Já fui gente, já fui ninguém... Quem não teve uma vida assim, simples?Vida que segue sutilmente, mas ainda tenho muito a viver, sabendo que a alegria está dentro de mim... De você!

sábado, 12 de junho de 2010

Ao amor cafona...

Quando o coração derrete, bate loucamente, faz tremer as pernas e desequilibra a gente... Não se apavore, é o amor cafona, só pra dois, com beijos antes e depois... Mil corações na caixinha, calcinha comestível e bolinha... Tudo vale pra apimentar o desejo, o cafona, o lampejo do querer... E te vejo, os olhos fervem, tecem planos, enganos e acertos, apertos no peito, que te abraça de um jeito diferente, abraço de inverno que leva do céu ao inferno, é o bem e o mal querer, é desejar só estar com você... Ao amor cafona tenho a dizer, o que seriam dos casais sem esse prazer...De passeios de mãos dadas na calçada quadriculada...Um sorvete dividido, um beijo dentro do ouvido, a imagem do cupido, vem de flecha e asinhas ...És um anjo?Que gracinha...Um encontro na pracinha, pipoca doce, foto no chafariz, o amor cafona não tem vergonha, manda flores, abre porta, champagne em dia idiota...Mas pouco importa se é elegante ou cafona, se tem cheiro de suor ou perfume de luxo, basta o amor estar ao lado, na carroça ou carro importado, no meio da chuva ou dia ensolarado...Ao amor cafona tudo vale, quando o sentimento não é detalhe...Coração na areia da praia, iniciais no tronco da árvore, nome do amado no corpo, tatuado, filme melodramático, final feliz, quem nunca quis um amor cafona, feito empada com azeitona, brinde em copo de plástico, espumante com retrato, pingüim de geladeira...Mas agora sem brincadeira vou profetizar, te quero pra sempre, em todo cheio luar...Quero contigo casar, namorar, sorrir e dançar, tudo feito em par desejando ao infinito estar, até porque o amor é cafona quando é eterno, verdadeiro, quando queremos por inteiro...Talvez a palavra não seja um tanto apropriada, mas é pra dizer que a paixão não se apaga quando no peito a gente abriga amor cafona, daqueles “feitos um para o outro”...Enamorados, encantados e cheios de luz... Quero paz, só você me seduz... Vem me amar ainda essa noite, possuir mais o coração... Meus versos são cafonas, mas são necessários quando a gente sente que é pra sempre enquanto durar o mais cafona amor... No meu mundo habitar... Aos cafonas felizes, meus votos sinceros... Que o amor seja infinito, eu espero!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Asas a imaginação...

Me permito imaginar, desejar loucamente, escandalizar sentimentos... Aniquilar o sofrimento...Viver amor intenso... Acender incenso,comer geléia de amora e pedir: não vá embora!... Infinitamente, pra sempre... Ao pensar, cabeça fica dormente, corpo quente... Espírito flutua sem precedente... Sem medo de imaginar, de ousar, sonhar o que mais quero... Belo!Sorvete com calda de caramelo, paquero donzelo em batalha, ao escolher a princesa, entrega a navalha, o escudo, a espada... De joelhos frase sai escapada, de mansinho declarada, pede a mão, corpo inteiro... No chão o solitário violão, que faz “blom,blom”, ao som da voz que está no tom, que encanta, que canção espanta tristeza... Permitir imaginar, pensar o que não aconteceu, o que será... Tudo é permitido imaginar, quando alma não é pequena, quando o amor não se envenena com o medo do perdido, do futuro desconhecido... Imaginar!Querer buscar resposta, viver na ilhota jamaicana, tomar vitamina de banana, levantar com você na cama, bem ao lado... Tudo aquilo projetado intensamente, imaginado... Ser amado! Ser capaz de enxergar além dos próprios olhos, levando em conta os sentimentos, sem lamentos, e viver o momento certo, do que manifesto querer, estar... Viver!Para os que não imaginam, penso que triste destino, de viver cada dia sem os sonhos cretinos que dão impulso, que levam pra longe, permitir amar feito os monges, distantes, nos altos montes... Na minha imaginação um panda é mestre Kung Fu, um menino faz chover hambúrguer, ser capaz de derreter as nuvens... O poder de imaginar, fazer da gata borralheira princesa, abóbora em carruagem, bela e fera dançando no salão, não é magia, é imaginação... A forma do pensamento, da criação, desejar momentos... Imaginar... Criar cerimônia sem convidados, sonhar estarmos casados, sem de fato termos assinado... Núpcias encantadoras sem existir... Imaginar, sonhar acordada, ficar feliz, ser amada pela madrugada... Fazer amor calada, ouvindo apenas suas palavras, que ecoam quando imagino seu olhar cristalino, que fixa ao dizer que me ama... Já estou sem pijama... Olhando e querendo, sofrendo ou chorando, mas sempre te amando... Me permitindo imaginar... Enxergar com os olhos do coração, só assim podemos dar asas a nossa imaginação...

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Simples assim...

Botafogo x Vasco, tartaruga quando vira o casco, toda comemoração vira churrasco...Simples assim!Sede depois de chocolate amargo, o frio que se esquenta na fogueira, amarelinha como brincadeira... Abrir a geladeira à toa... Tomar café com broa, os olhos fecham ao ganhar um beijo... Memória esquecida quando comemos queijo... Gênio realizando três desejos... Simples assim!Carrasco decapita sem identidade... Longe a gente sente saudade... Quando amamos vivemos a felicidade... Pensar, buscar entender, aquilo que não se explica... Viver!Tentar escrever, minha sina, mero acaso, penso no destino, no prazo determinado... Simples assim!Como viver e morrer...Como dizer que amo você... Dormir hoje e despertar amanhã, comer salada com vinagre de maçã, olhar o cair do novelo de lã... Que vovó tricota... Quando no frio a gente usa bota... Simples assim! Miojo sem sachê, o que penso ao pensar em você... Casa dos fundos, escolha em segundos... Respirar!Amar sem limites, gostar... Sentimento se exprime, delírio sublime, corpos calados, carinhos trocados, cavalo alado... Sonho! Contos de Fadas, mão que afaga... Simples assim! Como amor a primeira vista, pessoa que de graça a gente se identifica, sem pista, loucuras, pensamentos iguais, o que não mais se encontra, não se faz!Sentimento perdido, voraz... Poucas palavras, menina que usa asas... Voa no infinito... Subir as escadas, grito! Fantasia de gigante... Mistério profundo, instigante... Ligar a televisão e dormir no meio da programação... Cheirar antes de comer, como se isso fosse dizer o gosto... Se ta ruim ou insosso... Estalar o pescoço... Comer a carne sem o osso, sono depois do almoço, algodão doce de anilina rosa... Fazer medo ao ficar na borda, sentir preguiça quando acorda... Quando criança pular corda... Tudo é simples, simples assim... Quando tenho você bem perto de mim...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Amor em excesso...

Ao excesso de amor descobri um remédio... Aquele que cura tédio, que corta rédea... Palavra sem média... Original!Doçura ao natural que se faz presente, pensar eloqüente, que ilude a mente que ama, que clama... Amar!Nada melhor ou maior nessa vida... Amor em excesso cura ferida,levanta viga, diz ao coração: siga!Envolve, cativa, afasta alma passiva... Gostar!Olho horizonte... Infinito!Ao pensar em você não desisto... Meu infinito!Solução ao corpo... Paixão que ferve, boca fica seca, olhar que não te perca de vista... Arruma uma pista que me leve pra ti...Quero um barco, um balão...Quem sabe um foguete...Te ver como mendigo em banquete...Realizado!Que tange rosto sufocado, olhar cego, aprumado... Distante ego... Material desapego... Quero amor em excesso, sem dinheiro em espécie, achar nossa vértice, o que culmina, alucina... Romeu e Julieta, morrer pelo ser amado, sonhar o sonhado, o que é impossível... Mas não se ama sozinho, não se vive sozinho... Carinho faz falta, memória alta que me leva a beira de um lago salgado... Pedras que cortam meu pé... Retorno de fé... Ressurgir!Poesia que se foi, deixei pra depois, já que agora dentro de mim vive vazio...Enxergar a escuridão...Estômago ácido, pulso cortado, coração quebrado, partido, qualquer nome que defina o sofrer de um amor sem amado, uma paixão sem te ter ao meu lado... Nem mais 19 linhas consigo escrever... Viver a vida não dá sem você, já que agora estou no eterno sofrer...

sábado, 15 de maio de 2010

Tempos de paz...

A vida é feita de “tempos”... Em tempos de guerra a gente chora, quer estar só, despreza o amor e a cabeça dá um nó, mas amanhã os tempos são de paz... A gente que faz, que deseja, almeja profundamente... A gente que sente, que sofre, que mente... Querer estar longe, perto, em você me desperto, deito pensando... Esperando... Coração alerto, com medo... Os tempos de guerra apertam, machucam e ferem, nem todos querem... Solidão! Estar só é cruel, quero tempo de muitos amores, jardins coberto de flores... Viver a vida!Sento a espera dos tempos de colheita, em que a vida seja um pouco perfeita, palavra doce, fartura, fortuna de espírito rico, corpo com alma, pensamentos focados, mesmo calados, íntimos, guardados, longe dos casados, na alegria e na dor... Em Tempos de Guerra, vive-se o horror, a perda da poesia, olhar se distancia, tudo é sem graça, batidas espaças... Tristeza!Nos tempos de praga algo se apaga dentro de mim, não rio de piada, abre no peito uma chaga que não mais irá curar... Em tempos de guerra o sorriso é escasso , um sonho devasso que se foi...
Talvez eu viva um tempo de paz, agora incapaz de saber quando vem, olhando um céu lilás que das nuvens por detrás há uma lua... Idéia flutua! Tempos de paz, venha agora,e nenhum segundo a mais, quero ver Jah providenciar o equilíbrio do homem que os olhos fechou, não viu o brilho da estrela, a beleza da escolha certa...Abraço que aperta, colo que conforta e beijo que denota amor eterno...Porque o tempo depende do seu momento, do sentimento que aflora, venha logo sem demora...Consumir meu corpo que vive desgosto, anseio oposto, mente em alvoroço... Belo moço dos sonhos que se foi num instante...Distante! Os tempos agora são de paz, pois só você é capaz de fazer um novo final, quando o começo fez mal. Seja feliz, contente, ao lado de amor que alimente, enfrente turbulências, confluências e tornados... Quero rostos colados na cama que é uma...No nosso tempo...De paz!!!

domingo, 9 de maio de 2010

Mamãe...

Olhar que fala, amor que declara, ouvido que escuta, boca não cala, abraço fofinho, beijos cheios de carinho...Colo seguro, presença que protege do escuro, amor que é pra sempre, que não deixa ferida...Mãe é querida, adorada, que carrega a gente da barriga até a caminhada, mostrando os desafios e as jornadas...Mulher iluminada que nos ensina o caminho das flores e aquilo que causa dores...O reflexo de Deus na terra, fábrica de amores...Que faz mingau em dia frio, sopa quando tiramos o siso, batata frita e ovo com gema estalada. Mão que afaga e que puxa a orelha, que brinca de boneca e que nos chama de sapeca. Um dia sentirei saudade do almoço preparado, do feijão obrigado, cenoura, beterraba e arroz com alho, a salada, tudo arrumado, sem esquecer de nada. Ligações constantes e dias adormecidos no sofá, sobrancelhas cerradas como reprovação, mas rosto que desmonta de emoção, coração delicado, acalentado com nana neném...Quero você pra sempre, pelo além...
Mãe, sua existência é mais que presente, é força, é essência, algo que mexe com a gente, amor que é pra sempre, que vou levar pro todo da vida e honrar sua palavra, seus ensinamentos e suas tiradas. Moça encantada, decidida e às vezes emburrada, que foi contra meu estilo, mas que nunca disse nada, aceitava sem aceitar, pois o amor é maior que tudo, mas queria a menina cabrita que pulava pelas janelas da casa, e entendeu minhas escolhas e jamais me impediu de continuá-las. Corajosa, cheia de charme, minha mãe é linda, elegante, um tanto intrigante quando olhamos nos olhos... Mulher misteriosa que entendo de cor, bem diferente da vovó...
Mamãe, “daqui até a eternidade” bem sei que tudo mudou na maternidade, até quando diz que valho por muitas e que mudei sua vida, diante das lutas e minha idéia birutas, sempre ao meu lado, sem dizer que não, entrando nos meus sonhos e presente na ilusão...Hoje é seu dia, mas amanhã não, para o universo, pro mundo...Pra mim seu dia começou quando teve a minha irmã e depois que nasci, somos flores no seu jardim, que não esquece de regar nenhum dia, sempre com o amor incondicional, sentimento divino, natural...Amar você é fácil, levo no coração, na esperança de que seja imortal...Eterna, para que eu olhe pra você por todas as primaveras, até porque as flores só serão belas enquanto eu te ver nelas...

domingo, 2 de maio de 2010

Longe... Um lugar que não existe!

Se amor no coração persiste, sei de um lugar que não existe... Longe! Fonte de tristeza que afasta dias de alegria e realeza, distância que virá sem surpresa... Sem afastamento, sentimento de proeza, minha riqueza!Olhos nos olhos, sinto e engasgo, som que rasgo... Delirante orgasmo, notícias de jornal, viver que é natural, calor dominante, beijo fatal. Vício da carne, precipício que encanta, é charme...Detalhe!Longe, esse lugar que não existe!Mar de sonhos... Vários planos, erros humanos, anjos que rondam um espaço, praça lotada, piada sem graça, Sono!Aquilo que passa, que rasga memória que vai embora e deixa pra trás o que era pra sempre...Mente!Longe, aquele lugar que não existe!Solidão que não me encontra, que tenta habitar minha vida, me desmonta, posse de tudo, amigos pra sempre, amor que encara, enfeitiça a gente... Crente de um só Deus, céu de desejos, branco do véu, vontade sem limite, que ta na cara, é aparente, ser que vejo diferente, palavra dolente que esqueço, que jogo gesso, pra nunca mais... Semente regada com a mais pura paz, presente no teto, flor que flutua... Nua, fugaz!Longe, um lugar que não existe!Lembranças antigas... Partidas!Pulsos em sangue, sete vidas, feridas... Falsidade, idéia covarde... Lua minguante, relação confiante, aliança brilhante, sem ouro... Estouro querer, poder pra sempre viver, anel de coco, valor outro... Fábula... Mágico de Oz... Alice no País das Maravilhas, Nós!Futuro em incógnita, só um pensar... Quero você, quero te amar, no lugar chamado pra sempre, onde o longe não existe que desiste quando falamos de amor verdadeiro, que possui coração por inteiro... É eterno, feiticeiro, de uma vez... Derradeiro! Viveremos perto, porque o amor é certo, bem distante do lugar que não existe, longe!

domingo, 25 de abril de 2010

São vinte e sete...

Noite em claro, sol reflete... Já são 27... Foi 18, num abril que chove, velas no meu bolo cobrem, certezas e tristezas, lembranças e belezas, vida que segue... Ferve!Prima das mais belas rimas... Haxi predileto... Homem quieto... Passarinho falante, unidade brilhante... Mulher guia volante... Punho forte... Sorte!Festa surpresa, família faz pose à mesa... Grandeza!Chinelo de caveira, o girar da mandala... Lótus querida, boca envolvida, noite escondida, festa restrita...Dança esquisita...Bebida sem gelo, sentimento em desespero...Chocolate branco, filtro vermelho...São 27...Olhar que busca amor que peque...Coração que desperte...Abraço que me aquiete...Espaguete ao molho branco...Sinto calada sem espanto, no canto da cama...Deixo meu cheiro no travesseiro pra dois,vivendo o agora...Sem depois...Corpo dança invertido, no fundo ouço gemido, silêncio partido...É sonho, é abrigo...Tempos de poesia, heresia que seduz...Mente cheia de luz...Filosofia que apaixona, detona...Conduz!
Dia que não acaba, festejo os desejos que abrigam na alma... Aquilo que me acalma... São 27... Confesso que medo não mete... Na nobreza da idade, sou princesa, sem vaidade, em busca de sutileza, buscando maldade... Ao pensar, sentirei saudade... Do dia que parti, daquilo que insisti... Ao olhar pro mar, o azul é turquesa... Nuvens no céu, harmonia em destreza... Já são 27...Sou a mesma...Sou tiete de um show, de uma vida...Trajetória suicida, de morrer de amor, de agüentar a dor da ausência, carência de menina que quer manha, que se assanha com o simples...Que idealiza príncipes...E só quer um...Um amor que é profundo, na distância de dois mundos...Que não unem, que se confundem ...Tento me aproximar, território desconheço...Peço ajuda, peço apreço...Sedução de olhar, reação faz amar...Revolução que espírito incomoda...Que afoga o que não presta...Deixando o que resta...Ser feliz!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mundo pequeno!

Esgrima de flores, muitos amores... Aquilo que não volta, revolta!Lembranças perdidas, memórias sentidas... Tempo traz a disputa, coração reluta... Tentar!Almas perdidas, mexidas, devolvidas no espaço... Esquecidas de abraços... Mentes esguias de um destino... Lenço palestino, guerra de paz, futuro que chega, presente se faz, sossego inerente... Mordaz! Pensamento apinhado, amontoado num cheio vazio que sacode espírito maluco, que produz... Desenho seduz... Surto!Criatividade que flui... Nota falada, cantada... Violão!Água quente, vento cessa... Salgado destrói prata, que a saudade mata, desperta o que ficou, o que nasceu... Cresceu em segundos, morrendo infortúnios... Felicidade!Cão dócil, história de fóssil, daquilo que fica, que é pra sempre, que viverá na gente... Eternidade!Vontade não passa, sauna devassa... Sonho que limites ultrapassa... Sinto sua voz que arrasta meu corpo...Na sombra somos esboço, não mais dois... “Nós um”, um ser que ama em dois, que não deixa pra depois, o avassalador sentimento que tem tempo, que já demora...Que sinto faz hora, a falta, a alta ausência que meu peito alerta, desperta... Gostar!
Vontade de amar, repousar as noites em seu peito... Sentir louco amor, sem a maldita dor que é nefasta, vem e desgasta minha vida... Que afasta o medo... Suspiro profundo... Lágrimas escorrem num segundo... Grande mundo... Estreito acontecer... Lindo viver... Canção do instante que sorri... Idéia daquilo que não vivi... Nós dois!Deusa menina, copo cheio de cafeína... Luz do sol... Doce doutrina que alucina um mundo pequeno, que de tamanho é ingênuo, mas de amor é grande e sereno... Mundo pequeno!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Enfim...Viva a vida!

Acho que tudo vale a pena... Seja alma grande ou pequena... Sonhos dormidos ou noites em claro... Vale o que pensa, mesmo que não vença aos olhos dos outros... Vale o que sente... Mesmo que seja algo diferente de todos... Ursinho de pelúcia, mera brincadeira, astúcia... Engano de plano que não se vê... Que algo esconde... Talvez aquilo que não se pode ser, dizer... Basta viver e fluir aquilo que se deixa colorir, ou ruir, me despir... Viva a vida!Ordem dita, sentido que levita no espaço... Belo abraço... Estrela que não cala, que entala... Camisa listrada... Idéia aguçada... Luz alaranjada que pisca, serve de isca... E volto... Ando, penso... Viva a vida!Porque o tempo é curto, o vício é surto... E Jah ta lá... No melhor lugar... Para os que viveram ou morreram sem viver... Nem importa, Jah espera, aceita... Seja aquele que estuda ou vive na sarjeta... Não é vala, é mala... Que voa pra longe... Some... Fome de sorrir... Brancos... Encantos!!!Canal que pede beijos... Que exprimem desejos... Olhos pequenos... Venenos!Nada é início, meio... Nada é fim, Enfim!Impossível do sempre... Felicidade doente... Contente... Que encanta, no rir, sorrir... Morrer de rir... Calor que esquenta, energia que alimenta, positiva... Então viva a vida!Porque amanhã pode ser partida, segredo... Pode ser o desprezo ou o almejo... Se não se sabe... Relaxe... Horizonte salgado, calado... Chapado em cores vibrantes que não há em aquarelas... Pinceladas destiladas com gelo... Modelo imposto... Cor de água, gosto de vida que tonteia... Sangue que corre na veia... Nomes que se cruzam, que usam de taxas... Marcas... Primeira vez... Nada sensato... Exato, abstrato... Incomum... Correlato!Pensamento que afasto , vezes idolatro...Vergonha de algo...Não amargo,quero afago, um olhar de agrado...Um sonho sonhado, vivido...Despertado...Gritos que advertem...Caminhos que enlouquecem... Frases iguais... Normais... Viva a vida!O que faço agora, não importando a hora, o lugar... Se pode ou não entrar... Seguindo sem medo, na loucura, no segredo... Que um dia brilha...Vira sol, amanhece...Esclarece...Viva a vida!Só ela tem o gosto da vitória, da corrida...De ida sem volta...De volta sem ida...Siga e...Viva a Vida!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Elena, Maria...Poesia...

Já é tarde...Já foi tempo, mistura de felicidade e lamento habita um tormento profundo que vive intenso, que não dispenso...Lembrar!Se a poesia existe ela se esconde, no eterno viver de um mundo cruel em desastre que muitos entendem ser arte...Mas em parte choro...Sofro...Lembrar!A imagem última guarda o olhar mais doce, a voz mais delicada, menina encantada, cheia de luz... A perfeição que está no céu... Estrela brilhante, que se torna anjo importante... Fiel... Pena ser um tanto distante este céu daquela sala... Distante das semanas que irão passar vazias sem o adoçar da Maria... Aquela que foi Elena, hoje é poema em minha vida. Corpo porcelanado,delgado, delicado..Que não mais verei...Longos cabelos pretos...Vestido xadrez...Cheiro de pureza...Princesa!Ausência como um rio que vive seco, um rio não mais bonito... Pensar em conflito... Gabinete triste... Gelado em limite de sorrisos seguros na falta, na alta dor que não se explica... Lembrar!
Mas a vida segue de qualquer maneira, com um coração que encontra uma barreira... Tristeza profunda... Fronteira que nos separa, que impede abraços, beijos e um “até logo”... Espinheira que me possui, aperta meu corpo sem beleza... Esperança e certeza que ela está bem... Mas que deixa vazio... Clareira no peito pra sempre... Sem jeito... Lembrar!
Que as violetas tomem contam da sua alma, por onde agora se encontra... Longe e perto... Trabalho deixado perfeito... Caminho seguido de forma esplêndida... Na humildade dos fortes, dos justos e amados... Dias deixados em lembranças vivas como campos de olivas mais verdes... Pinturas em telas de valor... Sem preço... Grande apreço... Lembrar!Boneca de mulher... Amiga que lembrarei com cantiga de roda... Inocência que transborda ao falar de Maria, que hoje é poesia... Nossa Elena, que também será poema... Que a meiguice ao lembrar não me deixe triste... Que me faça forte... Que se há morte, há vida... Minha querida... Fique em paz!Com Deus... Pois agora és o que mais aprecio por hora... Literatura!Será minha leitura a partir de agora... Maria poesia... Elena poema...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Espinhos no pé...

Há um vazio que habita, grita na alma, esconde desejos, sonhos, impasses perfeitos... Defeitos!Se o mundo parasse de girar talvez minha cabeça enfim esquecesse de pirar, de pensar em algo impossível, amores que voam ao longe, que guardam segredos aos montes, defronte daquilo que não acredito, que insisto... Invisto!Espinho no pé... Aquilo que não se vê, que leio em Braille, equação matemática, gramática chinesa... Impureza!Nó cego que corto sem pensar, desenho rupestre que me diz o que não quero acreditar... Enigmas fáceis... Estigmas cruéis que marcam uma vida, feridas que se abrem em constância... Dor que não se cansa... Dança de índio, espinho no pé... Aquilo que dói, que ao pisar sinto o corpo arder, tremer de susto... Luxo de mendigo, sofá rasgado... Travesseiro velho... Descanso!Pena de ganso... Leveza infantil, choro calado, sorriso apagado... Cinzeiro vazio... Espinhos no pé!O que é de verdade... Saudade!Insanidade aumentada, perguntas em formulário, questionário de estilo, trevo da sorte... Dom Quixote, Cavaleiro da Triste Figura... Andanças sem destino... Guerras sem leis... Marquês do meu coração... Violão silenciado... Arco-íris apagado... Chuva seca!Mundo que se acaba por hoje... Que acabará amanhã... E talvez não seja o mesmo ao nascer... Surpresa, espanto... Limites estreitos... Corpo apertado, delgado ao sol... Espinho no pé!Mundo meu... Cheio de bijuterias verbais... Palavras que não calam minha alma... Espalma no peito e repito que há um espinho no pé... Que não sai... Nem deixa sarar ...Quer ficar...Enlouquecer meu espírito que não se acalma...Que espera morrer antes que seja tarde...Antes que cheguem os espinhos...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Que os anjos digam: Amém!

Nada de rimas e idéias loucas que nascem de uma imaginação cheia de conflitos... Hoje abrirei espaço para uma crônica que como sempre faz parte da minha vida... Repito, dos dias da minha vida, não tiro um que não vire uma crônica e pra variar, engraçada...
Depois que me confessei com um padre em Niterói, e fiquei horas pagando penitências dos pecados de mais de duas décadas, jurei que não faltaria uma missa... Então, o relógio já ia bater ás 18 horas de um anoitecer quente e eu já com pressa de sair correndo. Pensando na fome que sentiria depois de quase um hora de sermão (que o padre não me ouça) resolvi levar um dinheiro pra comer um exótico, criação minha de um hambúrguer num trailer aqui da minha cidade, óbvio, sem carne...Não tinha trocado e resolvi levar minha nota amarela de 20 reais. Nem gosto de levar bolsa e enfiei a nota do lado direito e meu celular do lado esquerdo. Peguei meu carro e fui correndo pra igreja. No caminho eu lembrei que não havia separado uma moeda para jogar na sacolinha da oferta... Eu estava já indignada quando avistei no painel do carro uma linda nota de... Dois reais... Era a solução para a sacolinha da igreja, mas meu sangue turco falou mais alto e no vício de porquinho, vi na nota duas moedas de um real, e logo decidi não levá-la para a santa missa... Depois do carro estacionado e a decisão de não doar meus preciosos dois reais, procurei pelo carro um bom lugar para escondê-la, com medo de um ladrão quebrar o meu vidro só por conta de dois reais... Muito ou pouco?Oscilo em achar...Pois bem, quando abri o isqueiro do carro, lugar este que nem nunca tinha aberto, surpresa divina: achei 15 reais...E com este achado surpreendente, resolvi levar os dois reais que passaram a não valer tanto assim...E deixei o resto da grana no mesmo lugar que foi encontrada.
A missa envolve, as músicas nos deixam nas nuvens, e não sei o motivo de não enxergar a minha mão no momento que deveria... Eu cantava e a hora da oferta estava se aproximando...Muitas pessoas representavam a igreja neste momento e em cada fila, uma ovelha carregava um saquinho vinho amarrado em um cabo de madeira...Coisa antiga que me remete a infância...Chegou a grande hora...Preocupada em cantarolar, não tirei os olhos de um telão que estava bem ao lado do altar...Cantava alto embora muito mal...Mas igreja pode, lá qualquer um é “bonzinho” em tudo...E a sacola estava vindo...Ao meu lado reparei um menino com uma moedinha na mão..Peguei minha nota no bolso direito e joguei enquanto eu acompanhava ao mesmo tempo a letra encantadora...
Por um instante eu senti meu celular vibrar... Coloquei a mão no meu bolso esquerdo e... Não acredito!!!Meus dois reais estavam lá... Como Deus é boooo... Meu corpo começou a ficar quente, meus olhos queimavam feito fogo... Enquanto as orações soavam ao fundo eu comecei a cair na real, ou na quantidade de real que eu havia jogado na mald...Sacolinha...Lembra da minha nota amarelinha?Deve estar agora... Só Deus sabe e literalmente... Onde está... Quando dei conta, fui castigada tão rápido diante da minha mendigaria e mesquinharia, que logo a raiva passou e consegui esperar até o “Graças a Deus”... Acho que dar direto a Deus ás vezes se faz necessário... Esse é o meu consolo... Castigo rápido e rasteiro... Na verdade fazendo os cálculos após a missa comendo meu exótico, fiz uma doação de três reais... E pela quantidade de missas que já faltei, meu pai disse que está muito bom pra minha cara... Amém!