Ao poeta Cazuza exponho aqui a sua culpa e meu desprazer, venho dizer que o tempo pára sim, quando todos estão longe de mim... E já vou enlouquecer... Relógio amarelo, dicionário que espero decorar, tantos estranhos, tanto sonhar, mas queria ao amor compartilhar os dias que não passam... Pois se o tempo não pára, espero que passe depressa, pra que me leve de vez como uma flecha... Que com amor, porta nenhuma se fecha, luar que me detesta e nem vejo surgir e partir... Estou a caminho... E já vou enlouquecer... Quarto calado, medo da distância, computador branco, maçã mordida, bela pedida, corrida ao sol quente, chafariz sem água, calçada vermelha... Olho a roseira que nem tem cor, e logo penso no meu grande amor... Caveira triste, elefante em lágrimas, flores que murcham, nome que perde a direção... Buda nervoso... Infinito vazio... Sorte por um fio... E eu já estou a enlouquecer... Corpo cheio de espinhos, olhar sem caminhos, sorrisos sozinhos... Foto na parede, sinto mais perto meu amor, eu e você, mas logo vejo que não está aqui, e lá estou eu, a ponto de enlouquecer... Ninguém me entende na origem, ninguém me conhece na bondade, sou mais uma na paisagem que não muda... Sou maldade , perdição, sou vaidade e duração, mas a ausência do que é de Jah, faz doer, faz lembrar que longe deixei estar... Degraus irei subir, obstáculos destruir, quero a dor pra ver a força, quero cair pra levantar com alma guerreira e saber que quando algo resiste a distância, vive pra sempre, e que venha a bonança, que irei lutar na esperança sozinha, pra logo vivermos a dois, mesmo que não seja hoje, que seja depois... Espero você, longe da capital... Antes que venha o mal... Antes de enlouquecer, quero viver a minha vida toda com você...
terça-feira, 3 de agosto de 2010
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