Nelson, que é Rodrigues, que comigo coincide, que vira e mexe transmite energia que contagia minha alma ao pensar no que virá, no esperar do ser humano, que mente, que não sente o mal que faz... Santos e canalhas todos nós, meio bom, meio mal, do contrário, anormal, que flui natural na pele, no suor que brota, pensamento idiota que acompanha cada passo... E tanto faz... Se tenho uma foice na mão esquerda e no rosto sou a paz, o que vale é o que contrai da cólera maldita, que identifica nossa alma antes da ação bendita... Movimento Xiita, coração nem mais palpita entre certeza e indecisão, água e terra, luz e escuridão, tubarão faminto... Viva o instinto, que enche a barriga da vontade que sinto, da saudade que vive a repetir, que agora calo, prometo, não mais falo o que passa aqui... Sou chorar e rir, podre sofrimento a insistir, talvez pela solidão em estar a apertar as idéias... Quero sonhos reais, sem dólar na carteira, tapando sol com a peneira, quero imã de geladeira, camiseta de caveira... Poder de querer o que agora não se pode ter, sentir prazer, querer que o instante se eternize... Quero casa ao lado do riacho, quero silêncio, passarinho verde, quero rede, talvez um lar, ver brotar amor sem grade... Mas já é tarde, já faz tempo, valores em pedaços, tênis sem cadarço... Circo sem palhaço, sítio sem espaço, presente sem laço... Nunca pensei fazer tanta falta um abraço...
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
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