Talvez um minuto seja muito, ou para outros bem pouco... Tempo louco que segundos voam quando a gente corre e congelam quando a gente nem se move ... Ampulheta quebrada quando não preciso do tempo... Ligeira quando quero muito este momento... Que não me deixa partir no instante que desejo, e me vejo a correr pra não perder o trem... E esperar o outro que não vêm... Ahhhh meu bem, se um minuto fosse tão pouco pra mim, talvez virasse os segundos que não vejo passar... Tiro os ponteiros do relógio, e o tempo continua a se mover no seu ritmo... Arrasto eles de dias em um agora, e nada muda na história, devo crer que tudo tem a sua hora... Só espero que nada vá embora do alcance que embola meus sonhos, meus banhos, pensamentos insanos, certezas absolutas que não tendem a permutas de sentimentos... Sou verdade em tormento, como os segundos um a um, que sempre seguem sua ordem, sem desencontros, nem medo algum... Sou mais uma no trem das oito que sai lotado, sem ninguém olhar pro lado... Sem dar tempo de uma respirada, talvez um minuto seja muito, ou nada... Mas depende do valor que se encontra nele, no que pode ser capaz de fazer... Pois em um minuto se pode viver, morrer... Talvez um olhar de apaixonar, uma dor de fazer a gente chorar, um pulsar mais forte, um susto, um medo a galope, simpatia, crise de histeria... Talvez um nasça a cada minuto, talvez morra num infarto fulminante, alguém ganhe um sorriso brilhante, um beijo instigante que irá se viciar... Talvez no minuto exato de começar, amor que minuto é pouco quando junto, e muito quando longe... E o bonde já apita na estação, vou correr em um minuto, passo em mero vulto, as escadas obstáculos, e ao final quando chego, o um minuto parece voltar outra vez... E já estou pronta pra partir e chegar... Mas me vejo a esperar um minuto que não passa... Vontade de gritar, de fazer pirraça...Um minuto que é muito, no tempo que não é de graça...
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário