quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Lua no asfalto...

Tentativa veloz, sozinha e vazia... Noite quente... Alma fria... Melodia em inglês, velocímetro tenso... Ao lado, espaço solene da solidão... Difícil preencher o que ninguém ocupa...Fácil encontrar culpado... Medo!Amor louco sem flechada, de fachada... Existir!Desistir... Paixão violada, casos perdidos, roubados... Deixados pra trás... Caminho longo, escuridão intensa... Curvas de pensamentos românticos, sonhos picantes e vontades imbecis... Farol ilumina o que não vejo...Desejo!
A lua toca o asfalto, com o contraste e horror do piche... Ela beija, ela existe... E deliro... Algo de doce possuiu meu corpo... Boca enche d`água... Paro estática, olhos vibram o cenário... Faço parte, sou pedaço, sou metade... Busco uma nave,uma abdução... E a tamanha razão... Brilho doentio... Cega do pouco, ânsia de tudo... Gana de muito... E fico quente... Ferve a pele, sua espírito intocável... Que a lua beija... Que o asfalto sente...
Lua entra no asfalto... Ato imoral que vejo por hora... E quero agora reviver... Prazer da lua que se joga, enche de amor e puros desejos... Cúmplice, quero o asfalto... Gritar bem alto... Amor, amar... E ser capaz de me apaixonar toda noite de lua cheia, que beija asfalto, que beija corpo... Que abriga o morto, a vida,o caminho de idas e vindas... O trajeto, o correto... O destino e o perpétuo...
Asfalto na Lua, quem sabe o futuro não construa... Pra mais uma prosa, mais uma rosa que um pequeno príncipe não cultivará...

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