terça-feira, 1 de novembro de 2011

Meu Rodrigues

Já velei, chorei... Lembranças, despedidas estúpidas de um saber revelado... Saudade no lugar da tristeza... Amargura do tempo falecido... Enterro na memória, coroas, cantos, rezas, tantas velas, adeus... O partir que deixa inteiro, meu amor verdadeiro... Pá de cal!Olhos certeiros, aquele abraço, nome gravado no braço, caçula, infância, meu amor... Na veloz de um estalo, manhã comum, dia lindo lá fora, dentro é noite, escuridão... Lágrimas, flores, vasos de vida nos azulejos amarelados... Ausência no espaço que preenche coração... Orgulho!

Dezenove... Esquecer não cogitado, quero afago, carinho suave, óculos de palhaço, menina de circo, jaqueta de couro, aliança de ouro, Santo Antônio quebrado, papagaio acanhado, retrato na parede, farda verde, jasmim... E na aurora da minha vida meu Rodrigues partiu, foi distante, foi pra longe, meus olhos não mais enxergam, sinto seu gosto mais sutil, na bondade que plantou, colhi, na memória o recordar do último dia que sorri ao seu lado, no seu colo, no boa noite e o até logo...

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