Tudo hoje que mais quero não poderei ter, tenho doce de caramelo, mas não tenho você... Tenho o céu mais belo, as noites mais quentes, tenho vicio, passarela, tenho dólar e bilhete na janela, tenho tudo, menos você... Hoje entendo a palavra longe, significado que não mais esconde o sofrer de ficar sem tudo, inclusive ficar sem você... Sou rica, sou pobre, doente e saudável, sinto tudo, mas não dá pra esquecer, a dor maior nessa vida, ao lembrar que não sou nada sem você... Talvez o planeta se encurte, o outro lado do mundo se funde exatamente com a parte em que está, pra me valer um beijo, e o tão sonhado abraçar... Mas sem você o planeta é guerra, o frio é neve, o jardim nem é de Éden, nos botiquins nada bebem, o carnaval não é de rua, sem você nem a mente flutua, não imagina estar, longe do que mais ama, seu olhar... O mar é pequeno, o céu limitado, quando vejo meu peito apertado ao bater sem você bem aqui ao meu lado... Ser amado encantador, que afasta a mais sofrida dor, ao partir jamais deixou de existir nos meus pensamentos, dentro de todos os meus momentos... Nos lamentos mais profundos, nas lágrimas mais tristes... Sempre você insiste em aparecer, ouço sua voz , bem a me dizer, que : "tudo vai dar certo, você vai ver!” Mas a realidade é dura, e nem o tempo me cura do longe que se torna mais longe quando o perto não está no coração... Eita maldita razão que mistura emoção e me faz mudar o que desejo, mudar de opinião, não me faça esquecer de você meu bem, pois vim no avião a olhar a imensidão do planeta, e perceber que a paixão que sinto é maior e mais aconchegante, desde o dia que ouvi de você em instante, bem sincero: "Meu amor, eu te quero!"...Com a certeza do meu amor mais belo, mais doce, de olhar mais calmo, que por vezes me entalo ao falar do sentir, que quero você, por todo existir...
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Continente distante...
Continente que me afasta, distância nefasta, memória que arrasta lembranças, quero minhas crianças... Saudade... Queria gritar da escada, ouvir a boa reclamada, do brócolis na marmita, receber visita, do convívio no gabinete diário, do branco armário, do quarto bagunçado, do rádio em alto som... Saudade de mim... Do bem bom... De cair de quatro por amor, de suspirar, sentir calor... Do papai e da mamãe, da irmã predileta... De andar de bicicleta pela vista que era bela, das pessoas correndo nela... Saudade da prima que me ajuda nas rimas, do amor que me inspira, me respira... Do amor a mim, ao dia que chega ao fim como todos os outros, na mesma hora... Saudade de ser capaz, de esperar um pouco mais, de degustar, saborear a felicidade... Filtro de porcelana querido, horizonte colorido, cama tailandesa,da destreza de um olhar... Do meu jardim espiar... Saudade... Pássaros na revoada, o sapo e sua coaxada... Da família reunida, me lembro da partida... Da chegada... Como dói a distância desejada, ao sentir que a hora foi errada, de querer ser a dona do tempo, de fazer do instante um momento... Que o ano passe em vento... Tempestade de hora, que me leve embora... Pros braços dos meus... Sofrer no silêncio, amar no vazio, sentir de dentro um frio que não passa, que me arrasta num sono profundo, no querer sonhar o meu mundo...Que acorda enquanto durmo e dorme enquanto quero viver, contar, saber, morrer... Que os dias passem depressa a ponto de conseguir alcançar meu exato objetivar... Mas que tudo esteja como deixei, pra quando eu voltar...